A dor é inevitavél. O sofrimento é opcional. - Carlos Drummond de Andrade
"Viver não dói
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
...mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e
passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido
junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade...
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e
paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter
para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar,
para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é
impaciente conosco,
mas por todos os momentos em
que poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos
a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que,
esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Aproveite as oportunidades!
"Já ancorado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam de fritura. Pensei: 'será que até aqui existem chineses fritando pastéis?' Eram cristais de água doce congelada, que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo: 'Calma, você terá muito tempo para isso...'. Nos 367 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu. Algumas oportunidades são únicas."
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